terça-feira, 17 de outubro de 2017

Weakless Machine - Manipulation (2017)


Weakless Machine - Manipulation (2017)
(Independente - Nacional)


01. Manipulation
02. Get Ready
03. Tarred With the Same Brush
04. Burning All
05. Death Knocks On My Door
06. Kill
07. Pain
08. Tribal Wars
09. Unbroken

O Weakless Machine surgiu em Porto Alegre/RS, no ano de 2015, mas apesar do pouquíssimo tempo de estrada, resolveu não perder tempo e já partir para a gravação do seu debut. E olha, depois de escutar os cerca de 32 minutos de Manipulation, posso dizer sem medo que estamos diante de uma banda diferenciada, já que esse é, sem dúvida alguma, um dos melhores álbuns nacionais que escutei neste ano.

A surpresa já começa quanto à sonoridade adotada pelo Weakless Machine. Ao contrário do que possamos imaginar, não investem em um Death ou Thrash Metal de pegada mais tradicional, como muitos bons nomes oriundos do Rio Grande do Sul. O quarteto, na época formado por Jonathan Carletti (vocal), Fernando Cezar (guitarra), Gustavo Razia (baixo) e Luke Santos (bateria) (que veio a sair da banda após a gravação, sendo posteriormente substituído por Renato Siqueira), aposta suas fichas em um Modern Metal que flerta em muitos momentos com o Thrash, o Groove e o Metalcore, e que soa absurdamente pesado e agressivo, além de possuir melodias verdadeiramente contagiantes.

Durante a audição de Manipulation, nomes como Machine Head, Trivium, Lamb of God, Slipknot, Metallica (pós-Black Album) e Killswitch Engage certamente virão à sua cabeça. Mas não pense que estamos falando de emulação, de cópia, pois a música do Weakless passa longe disso. Influenciado pelos nomes já citados, conseguem fazer uma música de muita personalidade e acima de tudo muito forte. Os vocais de Jonathan são ótimos, enquanto a guitarra de Fernando faz um trabalho primoroso, esbanjando ótimos riffs e melodias definitivamente grudentas. A parte rítmica de Gustavo e Luke transborda qualidade, peso, técnica e muita diversidade.

São 9 canções que vão direto ao ponto, sem espaço para enrolação e com alto potencial de destruir pescoços. “Manipulation” abre os trabalhos com muito de Groove, agressividade de sobra e ótimo desempenho da dupla Gustavo/Luke. O ótimo trabalho da guitarra, que despeja riffs furiosos, é um dos pontos altos da faixa seguinte, “Get Ready”, que além disso possui um refrão marcante. Já “Tarred With the Same Brush” se mostra avassaladora, esbanjando modernidade e brutalidade. Em alguns momentos, os vocais de Jonathan remetem aos de James Hetfield, o que não é pouca coisa. Mantendo a adrenalina alta, “Burning All” chega com ótimas melodias e muito peso. É dessas canções grudentas por natureza.


Localizada cirurgicamente no meio do álbum, certamente com a intenção de dar um refresco para o pescoço alheio, temos a ótima e introspectiva “Death Knocks On My Door”, mas logo em seguida a porradaria volta a imperar, com a bruta “Kill”, outra onde o Groove fala mais alto e a enérgica “Pain”. Já “Tribal Wars” se destaca não só pelos ótimos riffs, como pelo desempenho da parte rítmica, enquanto “Unbroken” encerra o álbum não só com melodias verdadeiramente grudentas, como também com um refrão marcante e diversidade de sobra.

Outro ponto alto aqui se dá com relação à parte técnica. A produção ficou a cargo de Renato Osório (Hibria), com mixagem e masterização feitas por Benhur Lima (ex-Hibria). O resultado final é excepcional, já que o som está claro, totalmente audível, mas ainda assim pesado e muito agressivo. Uma das melhores produções nacionais que escutei neste ano. Embalado em um digipack caprichado, conta com capa e parte gráfica feitas por Tiago Masseti (Daydream XI), em um trabalho de altíssimo nível. Aqui temos a prova de que, mesmo com toda a crise que vive o país, é possível sim fazer um trabalho altamente profissional e que é capaz de colocar a banda em lugar de destaque.

Aqui temos não só a principal revelação nacional de 2017 até o momento, como também um dos melhores álbuns lançados por uma banda brasileira nesse ano. Se gosta de Modern Metal, esse é um trabalho que você precisa ter na sua coleção. Surpreendente e imperdível.

NOTA: 8,5

Weakless Machine (gravação):
- Jonathan Carletti (vocal);
- Fernando Cezar (guitarra);
- Gustavo Razia (baixo);
- Luke Santos (bateria).

Weakless Machine é:
- Jonathan Carletti (vocal);
- Fernando Cezar (guitarra);
- Gustavo Razia (baixo);
- Renato Siqueira (bateria).

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