quinta-feira, 24 de março de 2016

Roadie Metal Vol.6 (2016)

 
Roadie Metal Vol.6 (2016)
(Independente - Nacional)


CD1
01. Dramma - Sombra da Solidão
02. M-19 - Southern Brave
03. Vorgok - Kill Them Dead
04. Shallrise - Follows His Quest
05. Supersonic Brewer - Follows His Quest
06. All 7 Days - Ensign of War
07. Magnética - Os Magnéticos
08. InCarne - Good Morning, Humans
09. Ceiffador - Anjo Infernal
10. Firegun - What's the reason?
11. Lethal Accords - I Have a Dream
12. Deviation - Like I Said
13. Terrorsphere - Terror Squad
14. Crucify - Rise Up
15. Rising - Hexencraft
16. Evil Minds - War
17. Steel Soldier - Messenger of Souls

CD2
01. Torture Squad - No Escape From Hell
02. Maverick - Upsidown
03. The Goths - The Death
04. Project Black Pantera - Boto pra fuder
05. Apple Sin - Another Day
06. Black Triad - Dream On
07. AirTrain - Back To War
08. Cracked Skull - Fascism
09. Dekapto - Financiando a própria morte
10. Blue Lotus - Rat Game
11. Kyballium - Sea of Illusions
12. AS - Warrior
13. Bloodfire - Save the World from War
14. Lascia - Jealousy
15. Universe - The Dreams Does Not End Here
16. Oblivious Machine - Echoes of Insanity
17. Jäilbäit - Do You Wanna Be a Rockstar

E chegamos a mais um volume da coletânea do programa Roadie Metal, capitaneado por Gleison Júnior e que busca sempre dar mais e mais espaço para o Metal nacional. Chegando na sua sexta edição, essa é uma iniciativa mais do que louvável, já que Gleison não visa de forma alguma o lucro (a coletânea é distribuida de forma gratuita), mas apenas ser um canal de divulgação para inúmeras bandas de qualidade que temos por todos os cantos.

Aqui são 34 bandas divididas em 2 CD's, abordando praticamente todas as vertentes metálicas e é justamente essa diversidade o ponto forte da coletânea. A cada volume, podemos observar um esmero maior na seleção das bandas e na qualidade das produções. As variações de produção sempre são o calcanhar de aquiles desse tipo de iniciativa, já que cada banda é responsável por seu material, por isso acaba sendo muito importante notar a melhoria desse aspecto como um todo, já que reflete uma realidade onde nossas bandas parecem estar cada vez mais procurando realizar um trabalho mais profissional.

Como sempre, temos aqueles nomes que você já sabe que vão se destacar de cara, como Torture Squad, Supersonic Brewer, AirTrain, Project Black Pantera, Apple Sin ou Jäilbäit, todos com trabalhos devidamente resenhados aqui no A Música Continua a Mesma. Mas a esse time de peso, podemos e devemos incluir nomes como Dramma, M-19, Shallrise, Magnética, Incarne, Ceiffador, Firegun, The Goths, Kyballium e Lascia. As demais também possuem muita qualidade, caso contrário nem estariam incluidas aqui, mas estão em um patamar um pouco inferior às citadas.

Como de praxe, temos uma bela apresentação, já que o material vem embalado em um Digipack caprichado e teve sua arte feita por Marcelo Nespoli. Que Gleison e a Roadie Metal continuem nos presenteando com tal iniciativa, pois coletâneas são essencias para apresentarmos novos nomes a cena nacional. E para escutar o programa ao vivo, basta acessar www.canalfelicidade.com as quintas, das 20:30 as 23:00 e aos sábados, das 14:40 as 16:15. Vale a  pena!

NOTA: 8,5

Roadie Metal
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quarta-feira, 23 de março de 2016

Son of a Witch - Thrones In The Sky (2016)

Son of a Witch - Thrones In The Sky (2016)
(Independente - Nacional)


01. Thrones In The Sky
02. Alpha Omega Astra
03. Far Away From Dreaming (Giant Spheres And Humanoids)
04. New Monster
05. Jupiter Cosmonaut

Nos últimos anos, observamos o crescimento exponencial da cena Stoner/Doom, com o surgimento de ótimos nomes em todos os cantos do mundo. Felizmente o Brasil não ficou de fora e nomes de qualidade também apareceram por aqui nesse período, mesmo que o grande público não tenha tanta noção de tal fato. Bandas como Monster Coyote, Black Witch, Witching Altar, Pesta, Fallen Idol ou Saturndust ilustram tal afirmativa. Surgido no ano de 2008, em Natal/RN, o Son of a Witch já havia chamado a atenção em 2012 quando lançou seu EP auto-intitulado. Ali já era possível observarmos todo o potencial de seu Stoner/Doom, sendo impossível não ficar ansioso pelo lançamento de um trabalho completo.

E bem, eis que o mesmo toma forma através de Thrones In The Sky, primeiro full lenght dos potiguares e onde confirmam tudo que haviam mostrado em seu EP de estréia. Claro que a primeira e maior referência aqui é o Black Sabbath e isso é impossível de negar, afinal,riffs "sabbathicos" emanam por todos os poros da música do quinteto e certamente deixariam Tony Iommi orgulhoso. Mas não pense que a música do Son of a Witch se limita a emular os "pais do Heavy Metal", já que é possível encontrar ecos de bandas como St. Vitus, Church of Misery ou Down em sua música, assim como passagens mais psicodélicas e de Space Rock, o que acaba por dar aquele tempero a mais no trabalho.

Das 5 músicas aqui presentes, apenas uma está abaixo dos 10 minutos. Ainda sim, em momento algum as canções soam maçantes, já que as ótimas melodias, os vocais variados, os refrães marcantes, os riffs grudentos e as mudanças de ritmo aqui presentes, acabam por evitar que o álbum fique cansativo aos nosso ouvidos. Os destaques ficam por conta da sabática "Thrones In The Sky", "Alpha Omega Astra" (com elementos psicodélicos) e "Jupiter Cosmonaut" (a melhor do álbum).

Sabe aquele álbum que faz você bater cabeça sem nem perceber? Thrones In The Sky é desses. Pesada, densa, intensa e em muitos momentos hipnotizante, a música apresentada pelo Son of a Witch não fica devendo nada a qualquer grande nome do estilo vindo do exterior. E como cópias físicas ainda não estão disponíveis, recomendo uma passada no Bandcamp da banda, onde poderá não só fazer a audição do mesmo, como adquirir sua versão digital. Um investimento que realmente vale a pena!

NOTA: 9,0

Son of a Witch (Gravação):
- King Lizzard (Vocal)
- Space Ghost (Guitarra)
- Gila Monster (Guitarra)
- Bong Monkey (Baixo)
- Asteroid Mammoth (Bateria)

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terça-feira, 22 de março de 2016

Crushing Axes - Never-Ending Battle Agains The Human Race (2015)


Crushing Axes - Never-Ending Battle Agains The Human Race (2015)
(Independente - Nacional)


01. Raping The Earth
02. Stretching Guts
03. Killing The Innocent
04. Death Sign
05. Christian Slaughter
06. Eppur Si Muove
07. Donec Mors Non Separat
08. Battle Cry
09. Labyrinth
10. Est Modus In Rebus
11. Divine Wrath

Quem acompanha o cenário nacional de perto, certamente já conhece o Crushing Axes, One Man Band formada por Alexandre Rodrigues no ano de 2008. De lá para cá, temos no mínimo um lançamento por ano, o que resulta em uma impressionante discografia com 10 álbuns de estúdio (já incluindo esse lançamento) e 1 EP. E bem, só posso dizer que a cada trabalho lançado, fica perceptível o seu crescimento, em todos os sentidos.

Never-Ending Battle Agains The Human Race, apesar de seguir a linha padrão de tabalhos do Crushing Axes, ou seja, Death Metal pesado, raivoso, com letras obscuras, me soou levemente mais direto que seus lançamentos anteriores. É também um álbum digamos, bem dinâmico e diversificado, já que as músicas mal passam dos 3 minutos de duração, deixando a audição bem agradável e nada cansativa. Fatalmente, após a última música se encerrar, você acaba dando o play novamente, já que a curta duração do trabalho te deixa com aquele gosto de quero mais.

Como dito, Alexandre faz tudo aqui e consegue realizar suas funções com competência impar. Seus vocais são brutais e o trabalho que o mesmo executa nas guitarras é excelente, com boas mudanças de tempo, riffs agressivos e solos de qualidade. Já na parte rítmica, mostra muita solidez, além de imprimir peso e conseguir dar variedade as canções. A energia que transborda de cada música impressiona e aponto como destaques "Raping The Earth", "Killing The Innocent", "Christian Slaughter", "Eppur Si Muove", "Battle Cry", "Labyrinth" e "Divine Wrath".

Sabe aquele CD que faz você bater cabeça sem sequer perceber? Pois então, Never-Ending Battle Agains The Human Race é desses. Bem produzido, com a dose de crueza necessária, raivoso, enérgico e sem inventar, fazendo o simples com muita competência, o Crushing Axes lança seu melhor trabalho até então e vai agradar em cheio aos fãs de um Death Metal puro e simples. Agora é esperar ansiosamente pelo lançamento de 2016.

NOTA: 8,0

Crushing Axes é:
- Alexandre Rodrigues (Todos os instrumentos)

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Amon Amarth - Jomsviking (2016)

Amon Amarth - Jomsviking (2016)
(Sony Music - Nacional)


01. First Kill
02. Wanderer
03. On A Sea Of Blood
04. One Against All
05. Raise Your Horns
06. The Way Of Vikings
07. At Dawns First Light
08. One Thousand Burning Arrows
09. Vengeance Is My Name
10. A Dream That Cannot Be (feat. Doro Pesch)
11. Back On Northern Shores

A Amon Amarth dispensa apresentações, já que hoje está entre os principis nomes da cena metálica mundial. Desde With Oden on Our Side (06) que os suecos vêm em uma forte ascendente, lançando um trabalho melhor que o outro e conquistando cada vez mais fãs. Depois do ótimo Deceiver of the Gods (13), me perguntava para onde mais poderiam ir, já que a meu ver pareciam ter chegado a seu ápice e simplesmente não enxergava mais espaço para crescimento em matéria de qualidade musical.

Confesso que quando anunciaram que seu 10º trabalho de estúdio seria uma obra conceitual, uma história de amor e vingança, uma tragédia tendo como pano de fundo os Jomsvikings, Vikings mercenários dos séculos X e XI, não me animei e imaginei o início de sua trajetória descendente, ainda mais sabendo que após 17 anos, não contariam com Fredrik Andersson na bateria. Pois bem, após realizar as devidas audições, sou obrigado a admitir que eu estava rendondamente enganado. Não só o Amon Amarth conseguiu se manter no topo, como talvez tenha conseguido lançar seu melhor trabalho. Todas as características da banda continuam se fazendo presentes, como os vocais inconfundíveis de Johan Hegg, as ótimas melodias de guitarra e a sessão rítmica forte e pesada, mas tudo de forma mais aprimorada, ainda mais bem trabalhada.

Vejamos os vocais, por exemplo. Por mais que Hegg seja um dos melhores vocalistas dentro de seu estilo, nem seu maior fã é capaz de negar que ele nunca foi lá muito afeito a variar suas linhas vocais. Pois aqui a necessidade faz ele dar alguma variedade, já que se trata de um álbum conceitual e sua voz precisa refletir o momento exato da história. Claro que não estamos falando de uma atuação no mesmo nível da de LaBrie no novo do Dream Theater, outro belo trabalho conceitual lançado nesse ano, mas ainda sim dá uma outra dimensão as canções de Jomsviking. Precisamos abrir um parêntese para a dupla de guitarristas Olavi Mikkonen e Johan Söderberg, que estão afiados como nunca. O que esses caras  fizeram aqui chega a arrepiar. Ótimos riffs e melodias marcantes, além de excelentes harmonias de guitarras gêmeas, que deixam totalmente escancarada toda a influência que o Iron Maiden teve na construção da sonoridade do Amon Amarth. Já Ted Lundström e o baterista convidado Tobias Gustafsson (ex-Vomitory) formam uma parte rítmica poderosa, imprimindo muito peso e variedade as 11 músicas aqui presentes.

Um fato a se destacar é que todas as músicas funcionam muito bem, tanto em conjunto quanto se escutadas isoladamente, algo que nem sempre ocorre quando se trata de um trabalho conceitual. Independentemente da forma como às escutar, fica perceptivel todo o clima épico, algo que chega a beirar o cinematográfico. E sem exagero, em muitos momentos você irá se sentir marchando para uma grande batalha. Destacar faixas aqui é realmente muito complicado, pois realmente gostei de tudo, mas sugiro audições atentas a já conhecida "First Kill", a cadenciada "Wanderer", "On A Sea Of Blood" (essa tríade inicial é simplesmente matadora), "Raise Your Horns", "At Dawns First Light", "Vengeance Is My Name" e "A Dream That Cannot Be", com participação de ninguém menos que Doro Pesch.

Com relação a produção de Andy Sneap, ela não é menos que excelente. Ficou tudo claro e cristalino, mas sem perder o peso e a agressividade. O Amon Amarth pode não ter inovado e se mantido na mesma tocada de sempre, mas isso é exatamente o que todo fã da banda espera de um álbum dos suecos. A questão é como fazer isso sem soar enfadonho, repetitivo e bem, eles sabem bem como fugir disso. Então se quer melodias grudentas, riffs melódicos, clima épico, mas sem abrir mão do peso e ainda soando agressivo, Jomsviking é mais do que indicado para você.

Dificilmente esse álbum não estará entre os melhores de 2016 nas listas de final de ano!

NOTA: 9,0

Amon Amarth é:
- Johan Hegg (Vocal)
- Olavi Mikkonen (Guitarra)
- Johan Söderberg (Guitarra)
- Ted Lundström (Baixo)
Músico convidado:
- Tobias Gustafsson (Bateria)

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segunda-feira, 21 de março de 2016

Dream Theater - The Astonishing (2016)

Dream Theater - The Astonishing (2016)
(Warner - Nacional)


CD1
01. Descent Of The Nomacs
02. Dystopian Overture
03. The Gift Of Music
04. The Answer
05. A Better Life
06. Lord Nafaryus
07. A Savior In The Square
08. When Your Time Has Come
09. Act Of Faythe
10. Three Days
11. The Hovering Sojourn
12. Brother, Can You Hear Me?
13. A Life Left Behind
14. Ravenskill
15. Chosen
16. A Tempting Offer
17. Digital Discord
18. The X Aspect
19. A New Beginning
20. The Road To Revolution

CD2
01. 2285 Entr'acte
02. Moment Of Betrayal
03. Heaven's Cove
04. Begin Again
05. The Path That Divides
06. Machine Chatter
07. The Walking Shadow
08. My Last Farewell
09. Losing Faythe
10. Whispers On The Wind
11. Hymn Of A Thousand Voices
12. Our New World
13. Power Down
14. Astonishing

Dia desses, um amigo veio me perguntar se eu não iria resenhar o novo álbum do Dream Theater, já que o mesmo havia saido há algum tempo e até então nada sobre uma resenha do mesmo no A Música Continua a Mesma. Inevitavelmente, soltei aquela piadinha sobre o tamanho exagerado das músicas escritas pelos americanos e que ainda estaria preso na audição da introdução de alguma delas. Bem, piadas a parte, a verdade é que para mim seria impossível ter escrito uma resenha de The Astonishing em um curto espaço de tempo, já que o nível de complexidade que se apresenta nesse 13º trabalho de estúdio do Dream Theater é algo que até então não haviam apresentado em sua carreira.

O Dream Theater nunca foi dessas bandas acomodadas e chegada a se impor limites, já que dentro de suas características, sempre procurou explorar todas as possibilidades para suas músicas. The Astonishing não é um álbum comum, pois se trata de um trabalho conceitual. Indo além, The Astonishing não é um álbum conceitual comum, é uma Ópera-Rock. E indo ainda mais longe, ouso dizer que é muito mais do que uma "simples" Ópera-Rock, já que mesmo tem tudo para ser encenado como um verdadeiro músical da Broadway. Exagero da minha parte? Sinceramente, após semanas e semanas de audição do mesmo, creio que não.

Em linhas gerais, temos aqui uma história que se passa em um futuro que talvez nem seja tão distante como no álbum (nela, ocorre daqui a uns 300 anos). A humanidade "deu erro" e do ponto de vista das instituições, voltamos quase a Idade Média, com impérios e reinados oprimindo a população. Grande parte disso se dá devido a humanidade ter perdido as emoções e criatividade, já que todas as formas de arte são elaboradas por máquinas (as Nomacs). Dentro dessa realidade, surge um personagem com o dom natural para música e que acaba assumindo um papel central na luta contra a opressão, causando uma verdadeira revolução na sociedade. É muito importante ter plena compreensão da história e principalmente das letras, já que a parte lírica e a músical caminham lado a lado aqui, ou seja, cada música reflete um momento específico, sendo a trilha sonora do que está sendo contado.

Sendo assim, não preciso dizer o quanto a audição de The Astonishing é desafiadora (ao menos para os ouvintes comuns, ou seja, não fãs da banda). São 34 faixas em pouco mais de 2 horas, divididas em 2 CD's e com uma quantidade imensa de aspectos a serem absorvidos. Dessa forma, não cabe espaço aqui para audições apressadas e descompromissadas, pelo menos se sua intenção for absorver plenamente cada detalhe da obra. Justamente pelas músicas terem sido compostas para ilustrar momentos especificos do que é contado, a diversidade musical é imensa e você realmente se sente meio a um musical, tamanha a grandiosidade do que é feito. Dentro desse panorama, quem acaba sendo mais exigido é James LaBrie, já que o mesmo precisa interpretar todos os personagens e através de seus vocais, refletir cada um destes, as emoções dos mesmos e o ponto exato da história que esta sendo abordado. Não é exagero meu dizer que esse é seu melhor desempenho, já que ele consegue alcançar tal objetivo. Simplesmente brilhante.

Um fato que realmente surpreendeu é que raras são as músicas que ultrapassam os 6 minutos de duração. Sim, The Astonishing é um trabalho feito de canções curtas para o padrão do Dream Theater, o que acaba ajudando demais no resultado final, já que ele flui de uma forma muito natural e nada cansativa. Como esperado em um trabalho do quinteto, temos uma forte presença de elementos progressivos, passagens quebradas e muito bem elaboradas, além é claro, de muita, mas muita técnica. Os vocais de LaBrie, como já ditos, estão brilhantes e John Petrucci, além de ter elaborado toda a história, mostra a competência e brilhantismo de sempre nas 6 cordas. Jordan Rudess encaixa com perfeição seus teclados e a parte rítmica da banda, com John Myung e Mike Mangini está mais uma vez irrepreensível. Os arranjos para orquestra e coral ficaram a cargo de David Campbell e estão simplesmente perfeitos, de uma beleza ímpar.

Em um trabalho de tamanha magnitude, destacar músicas é um trabalho no mínimo hercúleo. Minhas preferidas aqui são "The Gift Of Music", "A Better Life", "Lord Nafaryus", "When Your Time Has Come", "Three Days", "Brother, Can You Hear Me?", "A Life Left Behind", "A New Beginning", "Moment Of Betrayal" (para mim, já nasceu clássica), "The Path That Divides", "My Last Farewell", "Hymn Of A Thousand Voices", "Our New World" e "Astonishing".
        
The Astonishing é o passo mais ambicioso da carreira do Dream Theater. Desafiador, denota ao ouvinte, tempo, paciência e atenção, já que a quantidade de informação e detalhes à serem absorvidos é simplesmente imensa. Um trabalho que, acima de tudo, exige que nos desliguemos por um tempo de toda a tecnologia que nos cerca e que mergulhemos em nosso lado humano, em nossas emoções, para que assim possamos absorver e usufruir de toda a sua beleza. Ao nos darmos tal direito, nos deparamos com um trabalho singular e que certamente irá estar em muitas listas de melhores do ano em 2016.

OBS: Nos links relacionados, consta a página criada pela banda onde pode-se ler mais sobre a história, locais e personagens de The Astonishing e tirar todas as dúvidas que surgirem.

NOTA: 9,0

Dream Theater é:
- James LaBrie (Vocal)
- John Petrucci (Guitarra)
- John Myung (Baixo)
- Mike Mangini (Bateria)
- Jordan Rudess (Teclado)

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The Astonishing


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sábado, 19 de março de 2016

Fast Review – Resenhas rápidas para consumo imediato!

Year of the Goat - The Unspeakable (2015)
(Napalm Records - Importado)



A banda sueca de Occult Rock, chega a seu 2º álbum completo de estúdio (possuem também 3 EP's) apresentando sua música que transborda anos 60/70 por todos os poros. Equlibrando bem influências como Blue Öyster Cult e Witchfinder General, conseguem uma sonoridade própria, diversificada e que vai de forma muito natural dos momentos mais suaves até os mais pesados. Destaque para as ótimas melodias de guitarra. (9,0)

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Ressurrection Kings - Ressurrection Kings (2016)
(Frontiers Records - Importado)




E Serafino Perugino, o nome por de trás da Frontiers Records, ataca novamente com mais um projeto que reúne grandes nomes do Hard/Metal. Aqui temos Vinny Appice e Craig Goldy unidos a Chas West (voz, ex-Lynch Mob) e Sean McNabb (baixo, ex-Dokken), contando também com a colaboração de Alessandro Del Vecchio (Hardline, Voodoo Circle, Silent Force), que tocou teclado, produziu, masterizou e mixou o álbum. Como resultado, temos um trabalho que trafega entre o Metal, o Classic Rock, o Hard (com um apegada Blues) e o AOR, sempre com muita competência. Um prato cheio para os amantes do estilo. (8,0)

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Axel Rudi Pell - Game of Sins (2016)
(SPV/Steamhammer - Importado)




Ninguém discute o talento e capacidade de Axel Rudi Pell, seja por sua carreira solo ou pelo que fez nos tempos de Steeler. Em seu 17º álbum de estúdio, o guitarrista alemão apresenta exatamente o que seus fãs esperam, ou seja, aquela mescla de Hard, Heavy e Power, com direito as indefectiveis baladas que sempre marcaram sua carreira. Infelizmente, parece que faltou inspiração em Game of Sins. Não que seja um mal disco, passa longe disso, mas conhecendo sua capacidade e com a banda que o acompanha, sempre se espera um nível mais alto de seus trabalhos. (7,0)

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Malevolent Creation - Dead Man's Path (2015)
(Century Media - Importado)




Malevolent Creation e Death Metal de qualidade sempre foram sinônimos. E bem, em seu 12º trabalho de estúdio (após um hiato de 5 anos), isso não é diferente. Liderados por Phil Fasciana, escoltado pelos sempre competentes Brett Hoffmann (vocal) e Jason Blachowicz (baixo), temos uma aula de Death Metal, pesado, brutal e feito sobre medida para bater cabeça e destroçar pescoços. (8,5)

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Exumer - The Raging Tides (2016)
(Metal Blade Records - Importado)


Responsáveis por dois clássicos do Thrash Metal, Possessed By Fire (86) e Rising From The Sea (87), o grupo alemão volta ao ataque após o apenas bom Fire & Damnation (12). E o que vemos em The Raging Tides é um autêntico massacre (no melhor sentido). Riffs ferozes, alternancia entre músicas mais cadenciadas e outras mais velozes, acabam por dar ótima diversidade ao trabalho. Uma aula de Thrash Metal, em um dos principais lançamentos do estilo nesse ano de 2016. (8,5)

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quinta-feira, 17 de março de 2016

Doktorclub - Doktorclub (2012)


Doktorclub - Doktorclub (2012)
(Independente - Nacional)


01. Showtime
02. Blind Poet
03. Take a Part of Me
04. Never Let Me Down
05. The Story That Never Ends Where It Began
06. Bad Girl
07. Dog Days
08. One More Classic
09. Russian Revolution
10. Tonight I Won't Sleep

É legal ver que apesar de não receber tanto apoio por parte do público, o cenário do Metal nacional possui a capacidade de gerar novas bandas de boa qualidade. O Doktorclub surgiu no ano de 2008 em Campo Grande/MS e no ano de 2012  conseguiram lançar seu debut (após quase 3 anos trabalhando no mesmo), que ainda vem sendo divulgado pelo quinteto, apesar dos 4 anos desde o lançamento.

Ao colocar o cd para rodar, o ouvinte irá se deparar com uma boa mescla de Hard e Heavy, com pitadas de Prog Metal e Classic Rock aqui e ali e que tem como influência mais latente o Iron Maiden (mais evidente no trabalho das guitarras), apesar de não emular a mesma e já possuir alguma cara própria. As linhas vocais são bem agradáveis e as guitarras fazem um bom serviço, despejando riffs e melodias de qualidade, com a parte rítmica se saindo muito bem, impondo peso e variedade as canções. Claro que em se tratando de um álbum de estréia, existem aqui arestas a serem aparadas no quesito personalidade, mas levando em conta que 4 anos se passaram desde o lançamento e que após o mesmo, ocorreu a entrada de Jeferson Taborda (Baixo) e Edu Ribeiro (Bateria), isso já não deve ser mais grande problema no álbum prometido para esse ano de 2016.

Entre as 10 canções aqui presentes, aponto como destaques "Showtime", "Blind Poet", "The Story That Never Ends Where It Began", "Bad Girl" e "Dog Days".

A produção possui boa qualidade, apesar de algumas pequenas falhas aqui e ali, como nas guitarras e em algumas linhas vocais, que poderiam ter ficado mais pesadas e encorpadas, mas de forma alguma isso afeta o resultado final de maneira mais profunda, já que é perceptível a qualidade e o potencial presente na música do Doktorclub. Agora cabe esperar que lancem logo o prometido segundo álbum, pois pelo que foi demonstrado nesse trabalho de estréia, eles tem tudo para firmar seu nome entre as principais bandas do cenário Hard/Heavy nacional.

NOTA: 7,5

Doktorclub é:
- André Koutchin (Vocal)
- Aldo Carmine (Guitarra/Teclado)
- Carlos Prado (Guitarra)
- Jeferson Taborda (Baixo)
- Edu Ribeiro (Bateria)

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quarta-feira, 16 de março de 2016

Unleashed - Dawn Of The Nine (2015)


Unleashed - Dawn Of The Nine (2015)
(Shinigami Records - Nacional)


01. A New Day Will Rise
02. They Came to Die
03. Defenders of Midgard
04. Where Is Your God Now?
05. The Bolt Thrower
06. Let the Hammer Fly
07. Where Churches Once Burned
08. Land of the Thousand Lakes
09. Dawn of the Nine
10. Welcome the Son of Thor!

Em primeiro lugar, quem acompanha o A Música Continua a Mesma, certamente já leu essa resenha, pois a mesma se trata de uma republicação. Mas porque republicar? Simples, muito simples, caro leitor. O motivo que me leva a tal é que, finalmente, após quase 1 ano do seu lançamento, Dawn Of The Nine, 12º trabalho de estúdio do Unleashed e um dos melhores álbuns lançados no ano de 2015 ganhou sua versão nacional, graças à Shinigami Records. Sendo assim, nada mais justo do que repostar tal resenha (respeitando aqui a nota dada em Junho do ano passado, apesar de leves mudanças no texto).

Na estrada desde 1989 e mantendo a mesma formação desde 1995, o sueco Unleashed, mesmo não tendo o cartaz e a popularidade de alguns outros pares do estilo (seu irmão gêmeo, já que ambos surgiram das cinzas do Nihilist, o Entombed, por exemplo), conseguiu se firmar como uma das bandas mais importantes da história do Death Metal. Parte disso se deve a álbuns clássicos, como Where No Life Dwells (91), Shadows in the Deep (92), Midvinterblot (06) e Odalheim (12), todos trabalhos de inegável qualidade, mas também ao fato de abordar temas tipicamente nórdicos em suas letras, o que acabou por gerar uma espécie de Viking/Death Metal Tradicional bem original, já que liricamente se difere de seus pares Death e do ponto de vista da sonoridade, de boa parte das bandas que se intitulam Viking Metal.

Em Dawn Of The Nine, o Unleashed não inventa e faz o que sabe de melhor. Death Metal puro e simples, variado, equilibrando bem momentos mais cadenciados com os mais diretos e extremos e espaço para referências a outros estilos como Thrash Metal e até mesmo o Doom, como no caso da faixa título. Isso acaba por dar uma variedade muito interessante a sua música, evitando assim que ela caia no mais do mesmo e soe maçante. Seria muito fácil pender só para um desses lados, mas isso faria com que seu trabalho se tornasse inevitavelmente cansativo. Johnny Hedlund canta com a competência que lhe é primaz, enquanto a dupla de guitarristas, Tomas Olsson e Fredrik Folkare, brilha com ótimos riffs, solos e melodias. Já Anders Schulz destrói tudo com seu kit de baterias, sendo rápido e brutal nos momentos em que a música pede isso. A forma como conseguem equilibrar melodia e extremismo, sem exagerar para nenhum dos lados, é algo que merece ser muito bem estudado, já que poucos nomes conseguem chegar a esse nível de competência.

Fora isso, o clima criado pela musica do quarteto faz com que você, inevitavelmente, se sinta no campo de batalha em uma parede de escudos. Como não poderia deixar de ser em um álbum do quarteto, o nível aqui é altíssimo em todas as músicas, com destaques para “A New Day Will Rise”, “Defenders of Midgard”, “Where Is Your God Now?”, “The Bolt Thrower”, “Dawn of the Nine” e “Welcome the Son of Thor!”.

A produção é excelente, como não poderia deixar de ser, deixando tudo claro, limpo, mas sem perder o extremismo necessário. Simplicidade e bom gosto são adjetivos que se encaixam bem em Dawn of the Nine. Ao final da audição do 12º trabalho de estúdio do Unleashed, será inevitável você se embebedar com seu hidromel, juntar-se à sua horda viking e sair para saquear terras cristãs além mar. Um trabalho imperdível para qualquer apreciador de um bom e velho Death Metal sueco de qualidade.

NOTA: 9,0

Unleashed é:
- Johnny Hedlund (Vocal/Baixo)
- Tomas Olsson (Guitarra)
- Fredrik Folkare (Guitarra)
- Anders Schultz (Bateria)

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terça-feira, 15 de março de 2016

Symphony X - The Divine Wings of Tragedy (1997/2016)


Symphony X - The Divine Wings of Tragedy (1997/2016)
(Hellion Records/Nomade Rock - Nacional)


01. Of Sins and Shadows
02. Sea of Lies
03. Out of the Ashes
04. The Accolade
05. Pharaoh
06. The Eyes of Medusa
07. The Witching Hour
08. The Divine Wings of Tragedy
09. Candlelight Fantasia

Eis que a parceira entre Hellion e Nomade Rock nos presenteia com mais um relançamento. E vejam bem, não se trata aqui de qualquer relançamento, mas sim de The Divine Wings of Tragedy, considerado por muitos fãs como sendo o melhor trabalho já lançado pelo Symphony X e clássico inconteste do Prog/Power Metal. Aqui podemos dizer que todo o potencial demonstrado pelos americanos em seus dois trabalhos anteriores foi finalmente confirmado em sua plenitude.

Em TDWOT, o Metal Progressivo, o Power Metal e o Neo Clássico/Sinfônico se fundiram de forma simplesmente primorosa, sem exageros e sem pender para nenhum dos lados, o que resulta em um álbum carregado de elementos progressivos e onde trechos clássicos se inserem com naturalidade meio as canções, mas que em momento algum abre mão do peso e porque não, de certa agressividade. Talvez ai esteja o grande diferencial entre o Symphony X e o Dream Theater (querer comparar as bandas é uma injustiça), o peso do lado Power da banda, que em lançamentos futuros acabou por ser ainda mais evidenciado. A sequência de abertura desse trabalho é onde podemos observar isso com mais clareza, pois temos três verdadeiras pedradas, carregadas de peso e riffs velozes típicos do estilo.

Individualmente falando, todos os músicos têm espaço para brilhar aqui. Michale Romeo brilha com ótimos riffs, belas melodias e solos simplesmente primorosos, nesse que para muitos é seu melhor desepenho em um álbum da banda. Já Michael Pinella usa seus teclados de uma forma brilhante e equilibrada, criando ótimas atmosferas e solos para lá de inspirados. Já na parte rítmica, Thomas Miller mostra intrincadas linhas de baixo, enquanto Jason Rullo dá um show de técnica, precisão e musicalidade. Já Russell Allen é um capítulo a parte. Em Damnation Game o vocalista já havia demonstrado boa parte de seu potencial, mas era visível que ainda havia muito a ser explorado. E bem, aqui, pela primeira vez, Allen mostra tudo do que é capaz com sua voz, indo do melódico ao agressivo, sempre com muita categoria. Em resumo, t emos Russell Allen sendo Russell Allen e nada mais precisa ser dito.

Não existe aqui uma canção sequer que possamos chamar de fraca ou descartável, mas é inegável que cada um tem lá suas canções preferidas. No meu caso, destaco "Of Sins and Shadows", "Sea of Lies", "Out of the Ashes", "The Accolade", "The Witching Hour" e a simplesmente magnânima e épica "The Divine Wings of Tragedy", com seus quase 21 minutos e que pode ser colocado como um dos momentos mais inspirados da carreira dos americanos, quisá se não for seu auge.

A produção, masterização e mixagem ficaram a cargo da dupla Steve Evetts e Eric Rachel e podemos dizer, sem exageros, que pela primeira vez o Symphony X teve uma produção no mesmo nível de sua música, já que tudo aqui pode ser escutado de forma cristalina. De resto, só nos cabe agradecer a parceria entre Hellion e Nomade por disponibilizar mais uma vez aos fãs, esse clássico absoluto do Prog/Power Metal.

Se quer ecutar o Symphony X em toda a sua plenitude, esse é um trabalho indispensável e sua aquisição, obrigatória. Uma aula de Metal e de bom gosto.

NOTA:9,0

Symphony X(TDWOD)
- Russell Allen (Vocal)
- Michael Romeo (Guitarra)
- Thomas Miller (Baixo)
- Jason Rullo (Bateria)
- Michael Pinella (Teclado)

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segunda-feira, 14 de março de 2016

Anthrax - For All Kings (2016)


Anthrax - For All Kings (2016)
(Voice Music/Nuclear Blast Brasil)

CD1
01. You Gotta Believe
02. Monster At The End
03. For All Kings
04. Breathing Lightning
05. Suzerain
06. Evil Twin
07. Blood Eagle Wings
08. Defend Avenge
09. All Of Them Thieves
10. The Battle Chose Us
11. Zero Tolerance

CD2 (Bonus Live CD)
01. Fight ‘Em ‘Til You Can’t
02. A.I.R.
03. Caught In A Mosh
04. Madhouse
+ EP (Anthems)
05. Anthem (Rush) – Bonustrack
06. TNT (AC/DC) – Bonustrack
07. Smokin’ (Boston) – Bonustrack
08. Keep On Runnin’ (Journey) – Bonustrack
09. Big Eyes (Cheap Trick) – Bonustrack
10. Jailbreak (Thin Lizzy) – Bonustrack
11. Crawl (Album version) – Bonustrack
12. Crawl (Remix) – Bonustrack

Certamente For All Kings, 12º álbum de estúdio do Anthrax, estava entre o lançamentos mais esperados de 2016. Verdadeira lenda do Thrash Metal e considerado parte do Big 4, a carreira dos americanos é feita de altos e baixos. Se por um lado foram responsáveis por clássicos absolutos como Among the Living (87) ou State Of Euphoria (88), nos anos 90 lançaram trabalhos discutíveis como Stomp 442 (95) e Volume 8 (98). Em 2011, com o retorno de Joe Belladonna, voltaram a apresentar um trabalho digno de seu passado, Worship Music, que se não podia ser comparado aos clássicos da banda, estava muito acima de tudo que haviam lançado pós Persistence of Time (90).

A verdade é que apesar dos bons resultados obtidos em seu trabalho anterior, o mesmo não havia sido composto para a voz de Belladonna, o que de certa forma teve influência no resultado final. Já For All Kings não padece desse inconveniente, o que acaba tendo um impacto positivo no trabalho como um todo, já que fica percepitível que Joe está muito mais a vontade com seus vocais. Do ponto de vista da música, o quinteto está ainda mais inspirado aqui que a 5 anos atrás, com sua música mantendo a velha essência do Anthrax, mas sem soar datada. Forte, atual, com refrãos capazes de cativar o ouvinte, esse é essencialmente um álbum bem mais coeso e equilibrado que seu antecessor. Belladonna soa bem agressivo, enquanto o mestre Scott Ian e o novato Jonathan Donais (Shadows Fall) são responsáveis por ótimos riffs e solos. Já Frank Bello e Charlie Benante formam uma parte rítmica única, com muita técnica e impondo peso as canções.

A diversificação chama a atenção em For All Kings e nele é possível escutarmos tanto faixas mais rápidas, como também outras mais cadenciadas e melódicas. Isso dá uma dinâmica legal ao trabalho e evita que o mesmo acabe por soar cansativo. Claro que como de praxe em quase todos os álbuns do Anthrax, temos uma ou outra música que está aqui apenas para "encher linguiça", mas nada pode ser rotulado como sendo descartável. Entre os destaques, aponto "You Gotta Believe", "Monster At The End", "For All Kings", "Breathing Lightning", "Blood Eagle Wings" e "Zero Tolerance".

A produção ficou a cargo de Jat Ruston é dá um ar mais atual a sonoridade do Anthrax, o que pode incomodar alguns puristas, mas que no final acaba soando muito positivo, já que evita que o quinteto soe como um pastiche de si mesmo. Já a bela capa ficou mais uma vez a cargo de Alex Ross (responsável por trabalhos para a Marvel e DC Comics) e certamente estará entre as mais belas de 2016. Paixões exarcebadas deixadas de lado, o que sobra é um belo trabalho de Thrash Metal, feito por uma banda que prova ter ainda muita lenha para queimar. Estamos diante de um clássico? De forma alguma, mas é indiscutivelmente um álbum digno da história do Anthrax e seu melhor trabalho desde 1990.

Só lembrando que assim como no caso do Avantasia, a Voice e a Nuclear Blast Brasil estão lançando uma primeira prensagem especial e que só pode ser encontrada no Brasil, que consiste em um digipack duplo, numerado a mão, caprichadíssimo e que conta com 4 faixas ao vivo e o EP Anthems (13) de bônus. Ou seja, temos aqui um pacote imperdível para qualquer fã.

NOTA: 8,0

Anthrax é:
- Joe Belladonna (Vocal)
- Scott Ian (Guitarra)
- Jonathan Donais (Guitarra)
- Frank Bello (Baixo)
- Charlie Benante (Bateria)

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sábado, 12 de março de 2016

Fast Review – Resenhas rápidas para consumo imediato!

Oceans of Slumber - Winter (2016)
(Century Media - Importado)


O Oceans of Slumber é uma banda difícil de rotular, já que não são afeitos em impor limites a sua sonoridade. A base é o Metal Progressivo, mas a música do grupo é dinâmica, agregando elementos de Death Melódico, Doom, Thrash e Rock Alternativo. Ótimas canções, muita musicalidade e uma identidade sonora dada pela ótima vocalista Cammie Gilbert, que com sua bela voz acaba por ser o grande diferencial do trabalho. (8,5)

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Beyond the Black - Lost In Forever (2016)
(Airforce1 Records/We Love Music/Universal - Importado)


Metal Sinfônico Pop ou Pop com atitude de Metal? Não é fácil definir os alemães do Beyond the Black. Possui certo peso, boas melodias e harmonias e uma vocalista, Jennifer Haben (vinda do Saphir, banda pop formada por ganhadoras de um programa de talentos da TV alemã, uma espécie de The Voice Kids de lá), que é o diferencial da banda para o bem, já que possui uma bela voz e para o mal, pois o acento pop que a mesma acaba por impor as músicas é evidente. É bem feito, mas o que incomoda é que tudo aqui é muito bonitinho, polido, certinho e superficial, faltando a música do grupo, profundidade a acima de tudo, alma. (6,5)

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El Caco - 7 (2016)
(Indie Recordings - Importado)


O grupo de Stoner Rock norueguês surge com seu 7º álbum de estúdio, apresentando uma sonoridade coesa, com bons riffs e solos, refrões cativantes e energia de sobra. Além disso é perceptível o flerte da banda com estilos como Hard e Rock Alternativo. O resultado final é um álbum divertido e que vai agradar a fãs de bandas como Kyuss, Tool e A Perfect Circle. (8,0)

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Brainstorm - Scary Creatures (2016)
(AFM Records - Importado)


A veterana banda de Power Metal alemã volta a carga com seu 11º álbum, mostrando a competência com a qual seus fãs já acostumaram. A fórmula é bem simples. Junte a escola européia do estilo com pitadas da americana e adicione NWOBHM a gosto. Some-se a isso, Andy B. Franck, um vocalista diferenciado e ai está mais um belo álbum. Não tem muito o que falar aqui e mais uma vez, o Brainstorm não decepciona. (8,0)

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Obscura - Akroasis (2016)
(Relapse Records - Importado)


Quem acompanha o Obscura desde o seu primeiro trabalho, não vai se supreender com a qualidade de Akroasis. Progressivo, agressivo, melódico e com uma dose de crueza, aqui a mescla entre guitarras acústicas e limpas com um Death pesado e feroz parece se encontrar no auge. Desde já, forte candidato a melhor trabalho de Progressive Death Metal de 2016. (8,5)

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quinta-feira, 10 de março de 2016

Anneke van Giersbergen, Árstíðir - Verloren Verleden (2016)


Anneke van Giersbergen, Árstíðir - Verloren Verleden (2016)
(Clandestine Music - Importado)


01. Bist Du bei Mir (Gottfried Stölzel)
02. Solveig’s Song (from Peer Gynt) (Edvard Grieg)
03. Het Dorp (Jean Ferrat / Friso Wiegersma)
04. Russian Lullaby (Irving Berlin)
05. Þér ég unni (Árstíðir)
06. Londonderry Air (Danny Boy) (Traditional / Frederic Weatherly)
07. A Simple Song (from MASS) (Leonard Bernstein / Stephen Schwartz)
08. When I Am Laid In Earth (from Dido & Aeneas) (Henry Purcell)
09. Heyr Himna Smiður (Kolbeinn Tumason / Þorkell Sigurbjörnsson)
10. Pavane (Gabriel Fauré)

Anneke van Giersbergen dispensa apresentações, graças a sua voz cristalina e aos trabalhos realizados com o The Gathering, Agua de Annique, The Gentle Storm, Ayreon, sua carreira solo e participações em dezenas de outros projetos. Já o Árstíðir certamente é um completo desconhecido para a maioria dos brasileiros. Esse quarteto islandês pratica uma mistura de Folk, Música Classica e Progressivo, já tendo lançado 3 álbuns de estúdio, 1 Ep e 1 ao vivo. Pois em 2015, resolveram juntar forças para lançar um trabalho composto em grande parte por árias clássicas, rearranjadas pelo Árstíðir para adquirirem uma roupagem mais contemporânea.

Normalmente quando artistas se propõem a realizar um trabalho nesses moldes, já imaginamos algo grandioso, com adições de orquestrações, vocais líricos e tudo mais que se tem direito. Pois a parceira entre Anneke e o Árstíðir optou por uma direção oposta, já que as 10 canções aqui presentes (uma delas composição do próprio quarteto) são mais intimistas, em uma abordagem que pende para um Folk mais minimalista e que agrega elementos clássico/operísticos. Isso, aliado a doce voz de Anneke, acaba por gerar um clima altamente emocional, graças aos diversos momentos delicados e melancólicos que permeiam todo álbum.

O ótimo repertório aqui presente é cantado em 5 línguas diferentes, inglês, francês, holandês, alemão e islandês. Tanto os arranjos feitos pelo Árstíðir, quanto a interpretação dada por Anneke são de muito bom gosto e aponto como destaques "Bist Du bei Mir", "Solveig’s Song", "Het Dorp", "Londonderry Air (Danny Boy)", "When I Am Laid In Earth" e "Pavane".

Minimalista, intimista e agradabilíssimo de se ouvir, Verloren Verleden (Passado Perdido em holandês) é um trabalho que vai agradar em cheio aos fãs de Folk e Clássico. Um álbum para se escutar com as luzes apagadas e deixando a mente relaxar e viajar.

NOTA: 8,5

Formação:

- Anneke van Giersbergen (Vocal)

Árstíðir é:

- Daníel Auðunsson (Guitarra e Vocal)
- Gunnar Már Jakobsson (Guitarra Barítono, Vocal)
- Ragnar Ólafsson (Piano e Vocal)
- Karl James Pestka (Violino, Viola, Vocal)

Anneke van Giersbergen
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quarta-feira, 9 de março de 2016

Nightwish - Century Child (2002)


Nightwish - Century Child (2002/2016)
(Hellion/Nomade Records)


01. Bless The Child
02. End Of All Hope
03. Dead To The World
04. Ever Dream
05. Slaying The Dreamer
06. Forever Yours
07. Ocean Soul
08. Feel For You
09. The Phantom Of The Opera
10. Beauty Of The Beast
Bonus Track
11. Lagoon
12. THe Wayfarer
13. Bless The Child (Edit)
14. End Of All Hope (Live)
15. Dead To The World (Live)

Apesar do momento de crise vivido pelo país e os downloads ilegais terem atingido com força a venda de Cd's, vemos um curioso movimento por parte das gravadoras nacionais, que andam inundando o mercado não só com lançamentos, como também com diversos relançamentos. Posto isso, a Hellion, em parceira com a Nomade Records, relançou o quarto álbum de estúdio do Nightwish, Century Child, datado originalmente de 2002 (já haviam lançado anteriormente em parceira com a MTI os dois trabalhos anteriores, Oceanborn e Wishmaster) e contando com 5 faixas bônus.

Century Child é o que podemos chamar de trabalho de transição. Na maioria das vezes, tais trabalhos tendem a ser confusos, já que o artista vem passando por uma fase de mudança em sua sonoridade, carregando na mesma elementos tanto de sua fase passada como da que está por vir, mas felizmente essa tendência não deu as caras aqui. Se comparado com os dois trabalhos que o antecederam, considerados verdadeiros clássicos pelos fãs da banda, esse é um álbum bem mais cadenciado, pesado e menos Power Metal, inclusive com os vocais de Tarja bem mais contidos (ao menos na maior parte do tempo), mas se o colocarmos frente aos seus sucessores, temos um trabalho menos sinfônico, apesar de contarmos com a participação de uma orquestra inteira aqui. Esse também é o trabalho que marca a entrada do baixista e vocalista Marco Hietala no Nightwish, algo que ao meu ver serviu para enriquecer a sonoridade da banda, por mais que o mesmo tenha sido subexplorado aqui. Seus duetos com Tarja e os demais poucos momentos nos quais surge durante o álbum, serviram para dar uma dinâmica maior a parte vocal, oferecendo a  Tuomas mais opções a serem exploradas nesse quesito (algo mais visível nos álbuns seguintes). Seu trabalho no baixo também se destaca, já que aqui o mesmo soa muito mais pesado que nos três primeiros álbuns.

Como visto, os indícios do que estava por vir já surgiam de forma mais evidente aqui, tanto que esse é sem dúvida um álbum muito mais acessivel que Oceanborn e Wishmaster (ainda que longe da acessibilidade que vimos no seguinte, Once), mas não podemos negar que muitos elementos que marcaram a carreira do Nightwish até então se mantiveram presentes em Century Child. Estão ali os marcantes e inspirados solos de guitarras e teclados, os já citados elementos orquestrais e as letras épicas, por mais que aqui estejam mais introspectivas e escuras que de praxe, algo que se tornou comum a partir de então.

Confesso que quando escutei Century Child na época de seu lançamento, rolou um certo estranhamento inicial. Como já dito, é mais diversificado e cadenciado, com uma mistura de baladas, músicas mais pesadas e algumas canções épicas e Tarja mais contida, cantando de forma bem mais suave do que os fãs estavam acostumados. O tempo foi passando e o trabalho foi me ganhando aos poucos e a medida que fui me tornando mais íntimo das canções, as mesmas foram crescendo em qualidade, sendo que hoje considero esse como sendo o último grande álbum da banda, o suspiro final de genialidade por parte de Tuomas Holopainen como compositor. Os destaques aqui ficam por conta de "Bless The Child", "End Of All Hope" (as duas melhores sem dúvida), "Dead To The World" (com desta para o dueto entre Marco e Tarja), "Ever Dream", "Ocean Soul", "The Phantom Of The Opera" (outro belo dueto, em uma das melhores versões que escutei para a obra de Andrew Lloyd Webber) e a épica "Beauty Of The Beast".

Após Century Child, todos sabemos o que acabou por ocorrer. Primeiro, a chegada ao mainstream com Once, um trabalho que apesar de seus méritos, era muito, mas muito mais acessível que seu antecessor e que vendeu milhões de cópias em todo mundo e depois, Tarja sendo chutada do Nightwish por Tuomas, episódio traumático para boa parte dos fãs e do qual a banda custou a se recuperar. Sendo assim, o que resta é um trabalho onde o velho e o novo se misturaram de uma forma equilibrada, resultando em um belo álbum de Heavy Metal, que mesmo não sendo tão bom quanto Oceanborn e Wishmaster, é desses itens indispensáveis na coleção de qualquer fã do gênero e que acabou por marcar o fim da época de ouro da banda (ao menos no sentido de qualidade musical).

NOTA: 8,5

Formação:
- Tuomas Holopainen (Teclado/Piano)
- Tarja Turunen (Vocal)
- Jukka Nevalainen (Bateria)
- Emppu Vuorinen (Guitarra)
- Marco Hietala (Baixo/Vocal)

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terça-feira, 8 de março de 2016

Solifvgae - Avenoir (2016)


Solifvgae - Avenoir (2016)
(Independente - Nacional)


01 Solifugid
02 Undertow
03 Fullheart
04 Submerge-Emerge
05 Pathway
06 Ocean (As Elusive Memories)

Essa resenha poderia receber o titulo de "O Underground Nacional e sua Incrível Capacidade de Surpreender". O Solifvgae é uma formação relativamente nova, surgida em 2014 no Rio de Janeiro, mas o que mostra em seu trabalho de estreia vai impressionar e agradar em cheio aos fãs de Post Black Metal (uma vertente infelizmente pouco explorada por aqui). Poucas vezes me deparei com um debut dentro de tal estilo com tamanho nível de amadurecimento, pois passariam tranquilamente por uma banda já veterana.

Para a maioria das pessoas, o Post Black não é um estilo de fácil digestão, devido as muitas mudanças de andamento, momentos atmosféricos, distorções, além daquele clima profundo e reflexivo capaz de fazer o ouvinte mergulhar em uma análise de seus próprios sentimentos e experiências de vida. E a música do Solifvgae causa exatamente esse efeito sobre quem a escuta, graças a canções densas, pesadas (em diversos sentidos) e intensas. Muito equilibrado, consegue alternar de forma quase perfeita passagens mais cadenciadas e atmosféricas com outras mais rápidas e carregadas de uma boa dose de crueza. As guitarras, em determinado momento nos entrega riffs sutis e melódicos, além de partes acústicas, para logo em seguida despejar aqueles rifs frios e cortantes, que poderiam estar e qualquer álbum de Black Metal vindo da Noruega. Os vocais, rasgados, também não ficam atrás nesse sentido. Já na parte rítmica, temos um belo trabalho tanto de baixo (bem marcado) quanto da bateria, aqui programada por Vitor Coutinho. Para situar vc, caro leitor, podemos citar como influências o Alcest em sua fase mais inicial, Agalloch ou o Wolves in the Throne Room, mas deixando claro que a música do trio carioca é carregada de identidade.

Das 6 canções aqui presentes, "Solifugid" e "Submerge/Emerge" são instrumentais, sendo que as restantes, "Undertown" (a melhor do trabalho), "Fullheart" (uma continuação natural de antecessora e quase tão primorosa quanto), "Pathway" e "Ocean (As Elusives Memories)" se nívelam em qualidade e podem ser apontadas como destaque.

A produção ficou muito boa (produzido e mixado por Vitor Coutinho e masterizado por Lucas Xavier e Rogério Costa), deixando tudo bem audível, mas sem tirar a dose de crueza necessária para a música aqui presente. Já a capa (Wellington Aquino e Felipe Veiga) também chama bem a atenção e consegue transpor para quem a vê, todo o clima encontrado em Avenoir. Apresentando uma maturidade, um equilíbrio e uma coesão surpreendentes para um debut, o Solifvgae conseguiu lançar um trabalho que vai agradar em cheio aos amantes de Post Black e que certamente entrará em muitas listas de melhores do ano em 2016.

NOTA: 8,5

Solifvgae é:
- Victor Teixeira (Vocal)
- Vitor Coutinho (Guitarra/Programação)
- Bruno Rodrigues (Baixo)

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segunda-feira, 7 de março de 2016

Literatura, Classic Rock e Heavy Metal

Literatura, Classic Rock e Heavy Metal Parte 2
Por Leandro Vianna


Nos últimos anos, o mercado literário voltado para o Rock e o Metal em geral cresceu muito, com o lançamento de diversas biografias e livros que abordam a história dos estilos. Em meio a tantas opções, algumas ótimas ou boas e outras discutíveis, fica até mesmo difícil para o fã de Metal se situar meio a tal avalanche literária. É normal nos depararmos com um livro que trata de nosso artista favorito e bater aquela dúvida se a compra vale ou não a pena.

Sendo assim, o A Música Continua a Mesma irá publicara a cada 15 dias, uma matéria abordando o assunto, com indicações de livros e uma rápida análise de cada um. Devido à grande quantidade de material no mercado, optamos por dividir as matérias por bandas, sendo que nessa segunda parte, abordaremos três lendas do estilo, Led Zeppelin, AC/DC e Kiss. E para facilitar ainda mais, ao final de cada análise, disponibilizaremos links de onde comprar os livros, caso o leitor venha a se interessas pelas obras em questão.

Tem alguma sugestão ou pedido de livros ou bandas que gostariam de ver nas próximas matérias? É só entrar em contato através do e-mail amusicacontinuaamesma@gmail.com

Então coloque um cd, para rodar, bote o volume no talo e boa leitura. 

LED ZEPPELIN


- Luz e Sombra: Conversas com Jimmy Page (Brad Tolinski) Globo Livros


Escirito por Brad Tolinski (Editor Chefe da Guitar World), o livro é uma compilação de diversas entrevistas feitas pelo autor com Jimmy Page e aborda toda sua carreira, inclusive o seu grande e famoso interesse pelo ocultismo. Justamente por isso,boa parte do texto é relatado em primeira pessoa, deixando o material muito mais interessante para o leitor. A forma como Page se revela, sem medos e barreiras, impressiona. De bônus, para enriquecer ainda mais o material, temos diversas entrevistas com amigos de Page falando sobre ele, nomes do calibre de Jeff Beck, Paul Rodgers, John Paul Jones, dentre outros. Um livro simplesmente imperdível.

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Livraria da Folha
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Livraria Travessa


- Led Zeppelin: Quando os Gigantes Caminhavam sobre a Terra (Mick Wall) Larousse


Me julgo um tanto suspeito para falar desse livro, já que para mim é a melhor biografia já escrita não só a respeito do Led Zeppelin, como sobre qualquer outro artista do meio do Rock/Metal. Sucesso, sexo, drogas, violência, escândalos, processos, o interesse de Page pelo ocultismo (abordado de forma primorosa) e os desdobramentos disso para a carreira da banda, a vida pós-Led, Mick Wall não deixou nada de fora. A carreira da banda e de seus membros é esmiuçada nos mínimos detalhes, em um texto fácil e agradável de ser lido. Um livro mais do que obrigatório.

Submarino
Americanas
Extra
Ponto Frio

- Whole Lotta Led Zeppelin - A História Ilustrada da Banda Mais Pesada de Todos os Tempos (Jon Bream) Agir


Apesar do nome e do farto material fotográfico que possui, o livro de Jon Bream vai muito além de um simples apanhado de fotos da banda. Agregado a esse material, temos resenhas de todos os álbuns, datas das turnês da banda, depoimentos de diversos músicos a respeito do Led, imagens de posters, ingressos e memorabília em geral, além de uma entrevista de Page com Willian S. Burroughs. Imperdível para todo e qualquer fã da banda.

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Extra
Casas Bahia
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Livraria Travessa


- Led Zeppelin - Fotografias (Neal Preston) Madras


Esse trabalho é uma preciosidade. Para quem não sabe, Neal Preston foi o fotógrafo oficial do Led Zeppelin, contratado por Peter Grant para acompanhar todos os passos da banda dentro e fora do palco.Sendo assim, você já deve imaginar a riqueza de fotos presente nesse trabalho. E para completar o pacote, Preston contextualiza as fotos, deixando tudo ainda mais legal para o fã.

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Fnac
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- Robert Plant: Uma Vida (Paul Rees) Leya

Jornalista renomado (já foi por exemplo, editor da Kerrang!), Paul Ress refaz aqui toda a trajetória de vida de Plant, indo de sua infância, passando pelos tempos de Led e finalizando em sua vida pós banda. Com depoimentos do próprio Robert Plant e de amigos, Rees desvela sua personalidade, mostrando o homem por de trás de um dos maiores mitos do Rock.

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AC/DC


- AC/DC Rock´N´Roll ao Máximo - A História Definitiva da Maior Banda de Rock do Mundo (Murray Engleheart E Arnaud Durieux) Madras


Talvez o mais abrangente e detalhado livro sobre o grupo australiano, que sempre foi avesso a imprensa, com seus membros procurando manter ao máximo sua privacidade. Através de vasto arquivo de informações acumulado por Arnold durante os 25 anos que acompanhou o AC/DC, a dupla aborda o início do grupo, o sucesso, sexo, bebidas, a trágica morte de Bon Scott e como fizeram para superar tal perda e soltar o clássico Back In Black logo em seguida, dentre muitas outras coisas, como imagens de bastidores, discografias, shows, etc. Certamente o livro mais indicado aos fãs do AC/DC.

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- AC/DC – A Biografia (Mick Wall) Globo Editora


Se você esperar aqui o mesmo nível de detalhamento do que vemos na biografia do Led, pode tirar seu cavalinho da chuva. Ainda sim, Mick Wall, com base principalmente em entrevistas antigas e reportagens de arquivo, consegue expor toda a história da banda e a importância de seu núcleo duro, os irmãos Young, não só para todo o sucesso obtido como também para superar os momento de dificuldade pelos quais passaram.

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- A História do AC/DC - Let There Be Rock (Susan Masino) Companhia Editora Nacional


A jornalista americana Susan Masino é amiga íntima de todos os integrantes do AC/DC, tendo trabalhado por muito tempo com a banda. O resultado disso é um livro que mistura biografia com casos presenciados pela mesma durante esse período, tudo contado em um tom bem informal. Além disso, temos comentários pessoais da autora e respeito dos álbuns e de diversos shows. Um livro no mínimo interessante.

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- Os Youngs: Os Irmãos que Criaram o AC/DC (Jesse Fink) Gutemberg


Aqui a história do AC/DC é contada através da relação dos três irmãos Young, já que além de Malcom e Angus, a figura de George, o irmão mais velho, também é bem explorada devido a sua imensa importância para a história da banda. Como os Young reconhecidadmente evitam os holofotes, Fink se baseou principalmente em depoimentos de ex-membros e músicos que tiveram a oportunidade de conviver com a banda.

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KISS


- Makeup To Breakup: Minha Vida Dentro e Fora do Kiss (Peter Criss) Lafonte


A biografia de Peter é no mínimo esquizofrênica. Por um lado, temos um sujeito boa praça, gente boa, que conta histórias divertidíssimas de sua vida e que arrancam risadas de qualquer um que as ler. Mas por outro lado, temos um senhor rancoroso, vingativo, inseguro e incapaz de assumir as escolhas erradas feitas em sua vida, preferindo culpar Peter e Gene por boa parte delas. Sobra até mesmo para Ace. Ainda sim, um ótimo livro, capaz de render ótimas horas de leitura.

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- Uma Vida Sem Máscaras (Paul Stanley) Belas Letras


Se Peter ataca de lá, Paul Stanley ataca daqui. Em sua biografia, não faltam alfinetadas aos montes em seu ex-companheiro de banda, assim como também em Ace e até mesmo em Gene. Apesar disso, o maior foco do livro é sua vida, onde ele realmente faz juz ao título, se revelando como poucos, tratando até mesmo de assuntos como sua deformidade na orelha direita (Para quem não sabe, Paul é surdo do ouvido direito, devido a um problema genético), responsável pelo mesmo sofrer forte bullying na infância e adolescência e a relação conflituosa com seus pais. Um trabalho revelador.

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- Nothin To Lose: A Formação do Kiss (1972-1975) (Ken Sharp) Benvirá


Com todo respeito, se você é fã do Kiss, precisa ter essa biografia. Sharp, contando com a colaboração de Gene e Paul e com base em mais de 200 depoimentos de pessoas que acompanharam de muito perto o surgimento do Kiss, esmiuça de uma forma aburdamente detalhada a fase inícial da banda, de seu surgimento até o estouro com o primeiro Alive. Obrigatório é o mínimo a ser falado.