quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Machinaria - Sacred Revolutions/Profane Revelations (2014)




Machinaria - Sacred Revolutions/Profane Revelations (2014)
(MS Metal Records – Nacional)

01. Iconoclast
02. Scapegoat
03. Act Of Justice
04. Holy Office
05. Pictures Of The Dark
06. Sacred Revolutions/Profane Revelations
07. New Eyes, Old Lies
08. Shallow Grave
BÔNUS TRACK
09. Burning My Soul

Quando falamos de sonoridades mais agressivas, dois estados me surgem a cabeça, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Não que tais vertentes sejam a especialidade de ambos, mas é indiscutível que de tais locais sempre surgem nomes de qualidade. O Machinaria vem de Bagé (RS) e aposta em um Thrash Metal bem moderno, pesado, grooveado e com doses de Metal Tradicional e até mesmo Progressivo.

O resultado disso é deveras interessante, já que sua música soa bem pesada e agressiva, mas também muito variada, já que alterna faixas mais velozes com outras mais cadenciadas. Os vocais trafegam do limpo ao rasgado, as vezes beirando o gutural enquanto as guitarras despejam ótimos riffs e solos bem melodiosos, onde a influência de Metal Tradicional talvez se faça mais latente. Já a parte rítmica mostra uma qualidade absurda e esbanja técnica, além de ser a principal responsável pelo peso encontrado na música dos gaúchos.

Vale destacar aqui também o conceito lírico existente por de trás do álbum. Sim amigos, os caras tiveram personalidade para estrear com um trabalho conceitual. Sacred Revolutions/Profane Revelations tem como tema a Inquisição Católica ocorrida no período da Idade Média. O assunto até pode ser batido, mas eu, como historiador formado, posso dizer que o mesmo foi muitíssimo bem abordado nas letras escritas por Luciano Ferraz.

As 9 composições aqui presentes possuem ótima qualidade e aponto como principais destaques, “Iconoclast”, “Scapegoat”, “Holy Office”, “Sacred Revolutions/Profane Revelations” e “Shallow Grave”.

Já a produção ficou a cargo da própria banda, enquanto o trabalho de mixar e masterizar foi feito por Bruno Fachi. O resultado é bom, tendo ficado audível, agressivo, pesado. Poucas vezes me deparei com um debut com tamanho nível de maturidade, o que nos deixa com aquela inevitável ansiedade pelos próximos trabalhos do grupo. Se gosta de Thrash Metal de qualidade, o Machinaria é mais do que indicado.

NOTA: 8,5

Machinaria (Gravação):
- Luciano Ferraz (Vocal)
- Alan Quintana (Guitarra)
- Matheus Leal (Guitarra)
- Luiz Mario Moraes (Baixo)
- Bruno Dachi (Bateria)

Machinaria é:
- Luciano Ferraz (Vocal)
- Alan Quintana (Guitarra)
- Matheus Leal (Guitarra)
- Lucas Ollé (Baixo)
- Bruno Dachi (Bateria)


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