terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Dragonforce – In The Line of Fire (2015)



Dragonforce – In The Line of Fire (2015)
(Shinigami Records – Nacional)

CD:
01. Fury of the Storm
02. Three Hammers
03. Black Winter Night
04. Seasons
05. Tomorrow’s Kings
06. Symphony of the Night
07. Cry Thunder
08. Ring of Fire
09. Through the Fire and Flames
10. Valley of the Damned
11. Defenders (CD Bonus Track)

DVD:
01. Fury of the Storm
02. Three Hammers
03. Black Winter Night
04. Seasons
05. Tomorrow’s Kings
06. Symphony of the Night
07. Cry Thunder
08. Ring of Fire
09. Through the Fire and Flames
10. Valley of the Damned

Quando você se propõe a tocar um blog sozinho, inevitavelmente vai ocorrer de em algum momento ter que resenhar o trabalho de alguma banda da qual não é fã. E aí nessa hora, ao contrário do que muitos pensam, não é hora de aproveitar para “sentar a mamona”, mas sim de exercitar seu lado imparcial. Esse é o caso do Dragonforce, uma banda que confesso, nunca me agradou, mas que certamente possui suas qualidades, caso contrário não estariam na estrada firmes e fortes.

Surgida na Inglaterra no início dos anos 2000, o Dragonforce apareceu na cena em um momento onde o Power Metal vinha descendo ladeira abaixo em matéria de popularidade, devido a uma fórmula que se mostrava batida. Não que tenham apresentado algo de diferente com Valley of the Damned (03) e Sonic Firestorm (04), seus dois primeiros trabalhos, mas a mistura de velocidade (velocidade mesmo!) com uma técnica absurda de seu guitarrista, Herman Li e um ótimo vocalista, ZP Theart, foi o suficiente para dar algum destaque ao grupo. Mas a grande virada se deu com Inhuman Rampage (06) e principalmente, a inclusão de “Through the Fire and Flames” no jogo Guitar Hero III: Legends of Rock, onde se tornou a música mais popular devido a seu nível de dificuldade. Não é à toa que costumo brincar os taxando de banda da Geração Guitar Hero.

Mas se em Inhuman Rampage a fórmula da banda, de músicas ultra velozes com uma técnica absurda já demonstrava sinais de cansaço, com o trabalho seguinte, Ultra Beatdown (08), isso se aprofundou ainda mais, resultando mais à frente na saída de ZP Theart do Dragonforce. Marc Hudson acabou recrutado para a espinhosa missão de o substituir e a banda tentou se renovar nos álbuns seguintes, The Power Within (12) e Maximum Overload (14), com um pouco menos de velocidade e mais melodias, agradando a alguns e desagradando a outros. Agora, para marcar essa fase, resolveram lançar seu segundo trabalho ao vivo, In the Line of Fire, gravado no Loud Park Festival (Japão) em Outubro de 2014.

E bem, o que podemos falar? Quer músicas velozes? Estão aos montes aqui. Quer Herman Li debulhando e exibindo toda sua técnica, além de fazer uma belíssima dupla com Sam Totman? Isso também não falta. Quer um típico vocalista de Power Metal, que adora exibir o alcance de sua voz, com direito a cometer exageros aqui e ali? Vai encontrar isso em todas as faixas de In the Line of Fire. Aliás, a necessidade patológica do mesmo tentar provar para ele mesmo que consegue superar ZP nas músicas que este cantava (coisa que não consegue) é a grande responsável pelos exageros citados.

Isso significa que estamos diante de um álbum chato? De forma alguma, afinal, como você poderá observar no DVD, os caras possuem uma presença de palco fantástica, sabem interagir muito bem com o público e esbanjam energia. Hudson, apesar das já citadas escorregadas é um ótimo vocalista para o estilo, interagindo muito bem com o público japonês e nem eu ouso discutir a qualidade de Li e Totman. Frédéric Leclercq é um excelente baixista (que já o escutou no Menace sabe do que falo) e faz uma bela dupla com o baterista Gee Anzalone e Vadim Pruzhanov é um tecladista que não comete exageros, encaixando perfeitamente suas linhas nas músicas. Destaques? “Fury of the Storm”, “Black Winter Night”, “Seasons”, “Cry Thunder” e claro “Through the Fire and Flames”.

Quando a parte técnica, tanto do CD quando do DVD, a mesma é impecável, sendo que nesse último temos diversas cenas de bastidores e da turnê. Tudo muitíssimo bem produzido. Já toda a parte gráfica ficou por conta do brasileiro Caio Caldas e bem, o trabalho é fantástico, resultando não só em uma capa muito bonita, como também em um encarte belíssimo. Se você for como eu e não curtir muito a banda, não é com esse trabalho ao vivo que sua visão irá mudar, mas se você for fã do Dragonforce, essa é uma aquisição obrigatória para sua coleção. Corra atrás, pois não vai se arrepender.

NOTA: 8,0

Dragonforce é:
- Marc Hudson (Vocal)
- Herman Li (Guitarra)
- Sam Totman (Guitarra)
- Frédéric Leclercq (Baixo)
- Vadim Pruzhanov (Teclado)
- Gee Anzalone (Bateria)


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