quinta-feira, 23 de julho de 2015

Sistema Sangria – Sistema Sangria (2013/2015)




Sistema Sangria – Sistema Sangria (2013/2015)
(Equivokke Records/Corsário Discos/Manaós Distro/Back On Track/Cabra Da Peste/Vanila Tapes/Terceiro Mundo Caos Distro – Nacional)

01. Cagaram No Mundo
02. Tem Culpa Eu
03. Corpo Fechado
04. Oca Sinistra
05. Jogaram uma Macumba das Malditas pra Você
06. Mensalão
07. Mallucifer
08. Fumo Zero
09. Pátria Armada
10. Ramelão
11. Moh Dzspero
12. Feitiço Da Morte
13. Alienação
14. Barak
15. Bonde Sinistro
16. Nada Mudará
17. Vá Em Frente
18. Disposição para Lutar
19. Uma Arma
20. Planalvo
21. Fatal
22. Segredos de Estado
23. Vontade de Matar
24. Mortoqueiro
25. Maicon do Sertão
26. Isso que é Roubar
27. Fim do Mundo
28. Vá se Virar
29. Policeman

O Punk/Hardcore tem suas raízes bem fincadas no território brasileiro desde os fins dos anos 70 e início dos 80, datando desse período um marco na história do estilo em nosso país, que foi o Festival O Começo do Fim do Mundo, realizado no ano de 1982, no SESC Pompéia, em São Paulo. Gerou também bandas seminais para o estilo, como Restos de Nada, Cólera, Olho Seco, Ulster, Inocentes, Ratos de Porão, dentre várias outras.

O Sistema Sangria vem de São Paulo e aposta em um Hardcore violentíssimo, furioso, com influência de Punk, Crust, Grindcore e Crossover, gerando assim uma sonoridade muito legal. Como não poderia deixar de ser, as músicas são velozes (apesar de mudanças de andamentos bem interessantes que dão variedade as mesmas), com guitarras que impõem muita força, parte rítmica firme, rápida e 100% funcional e vocais agressivos/guturais totalmente condizentes com a proposta apresentada. As letras destilam ódio e inconformismo contra tudo de errado e tosco que presenciamos em nosso dia a dia, sendo um dos pontos altos do Sistema Sangria. A intensidade aqui é absurda, coisa para quem é “casca grossa” mesmo. Nada aqui é descartável, mas os pontos altos ficam por conta de “Cagaram No Mundo”, “Tem Culpa Eu”, “Mensalão”, “Mallucifer” (belo recado para quem insiste em votar no cara), “Pátria Armada”, “Moh Dzspero”, “Feitiço Da Morte”, “Alienação”, “Vá Em Frente”, “Fatal”, “Segredos de Estado”, “Mortoqueiro”, “Maicon do Sertão” e os covers “Vá se Virar” (Ratos de Porão) e “Policeman” (Nitrominds).

A produção ficou a cargo da dupla Pompeu e Heros Trench, então não preciso escrever mais nada a respeito disso. Já dá para imaginar o nível da mesma, não é? Curte nomes como Ratos de Porão, Discharge, Dead Kennedys, Rattus, Extreme Noise Terror, Biohazard, Riistetyt, Terveet Kädet ou The Exploited? Então corra atrás desse álbum, porque vale apenas ter o mesmo em sua coleção. Ríspido, curto, grosso, raivoso, forte, intenso e cheio de energia. Ou se preferir definir tudo em uma única palavra, foda!

NOTA: 8,5


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário