quarta-feira, 5 de novembro de 2014

At The Gates - At War With Reality (2014)




At The Gates - At War With Reality (2014)
(Century Media Records - Importado)

01. El Altar del Dios Desconocido
02. Death and the Labyrinth
03. At War with Reality
04. The Circular Ruins
05. Heroes and Tombs
06. The Conspiracy of the Blind
07. Order From Chaos
08. The Book of Sand (The Abomination)
09. The Head of the Hydra
10. City of Mirrors
11. Eater of Gods
12. Upon Pillars of Dust
13. The Night Eternal

Desde que o At The Gates retornou para apresentações ao vivo que os fãs andavam ansiosos pelo lançamento de material novo, algo que aparentemente não iria ocorrer, segundo os próprios integrantes. Mas eis que então no início desse ano, os pais do Death Metal Melódico anunciaram que estariam entrando novamente em um estúdio para lançar seu primeiro álbum desde o clássico Slaughter of the Soul (95). O que esperar do At The Gates após 19 anos?
Bem o que vou dizer pode ser bom ou ruim, já que vai depender muito do ponto de vista de quem estará lendo essas palavras. At War With Reality soa exatamente como deveria soar o sucessor de Slaughter of the Soul e nem parece que foi lançado quase duas décadas depois deste. É como se estivéssemos em 1995, o clima é o mesmo, a essência do som, os riffs, tudo. Nada aqui difere do que foi apresentado na época. É ai que o “bicho pega”. Quem é fã das antigas, lembra-se muito bem que um dos motivos de terem colocado ponto final na existência do At The Gates, foi justamente por não saberem qual o próximo passo a dar na evolução de seu som. Não queriam simplesmente gravar o mesmo álbum mais uma vez. Assim, soa-me muito esquisito simplesmente se repetirem de tal forma. Já para os que conheceram a banda posteriormente, por influência de seus “filhos” como In Flames e Soilwork, o fato de terem se limitado a fazer uma continuação natural de seu maior clássico é simplesmente um sonho. Nesse ponto me encontro em uma encruzilhada. Critico o fato de terem se estagnado ou louvo o fato de simplesmente terem apostado no certo ao invés de correr riscos desnecessários (lembrem-se sempre dos últimos álbuns do In Flames)? At War With Reality é um álbum ruim? Longe disso, afinal temos ótimos riffs, momentos de muita intensidade e energia, além de ótimas músicas (dentro da proposta da banda), pois estamos falando de músicos experientes e absurdamente competentes. Em contrapartida, nada aqui é diferente ou superior, por exemplo, ao que apresentaram em Terminal Spirit Disease (94) e Slaughter of the Soul. Também incomoda muito a mim, o fato de que Tomas Lindberg continua, mesmo depois de tanto tempo, incapaz de variar seus vocais. Boa parte dos fãs não se incomoda com tal fato, mas cada um sabe onde seu calo aperta. Maiores destaques vão para “Death and the Labyrinth”, “The Circular Ruins”, “The Book of Sand (The Abomination)”, “The Head of the Hydra” e “The Night Eternal”.
A produção ficou a cargo de Fredrik Nordström, que já havia trabalhando nos últimos álbuns da banda e a mixagem e masterização, foram delegadas ao hoje onipresente Jens Bogren. Resumindo, trabalho de primeiríssima qualidade. Quanto ao aspecto musical, cabe a cada um tirar suas conclusões. Como não consegui chegar a uma resposta para meu dilema, optei por simplesmente situar At War With Reality dentro do panorama musical atual. Analisando por esse lado, ele certamente está muito acima da maior parte da concorrência. Ainda sim, um álbum que vai causar polêmica.

NOTA: 8,5



 

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