sexta-feira, 5 de julho de 2013

Suidakra – Eternal Defiance (2013)




01. Storming the Walls
02. Inner Sanctum
03. Beneath the Red Eagle
04. March of Conquest
05. Pair Dadeni
06. The Mindsong
07. Rage for Revenge
08. Dragon’s Head
09. Defiant Dreams
10.
Damnatio Memoriae

Com 19 anos de carreira, os alemães do Suidakra são um dos percussores daquilo que podemos chamar de Celtic Metal. De 1997, quando lançou Lupine Essence, um trabalho basicamente Black/Death com alguns toques folclóricos, até os dias de hoje, a banda evolui absurdamente, fazendo hoje uma criativa mistura de Melodic Death com Celtic/Folk. Apesar das muitas mudanças de line up em sua carreira, sempre conseguiram manter uma qualidade ascendente de trabalho para trabalho, além de possuírem uma identidade muito própria. Quando um álbum deles começa a rodar, você sempre irá saber de que se trata do Suidakra. Basicamente, já possuem uma carreira mais do que consolidada o meio do Metal.

Eternal Defiance mostra que nem sempre uma banda necessita de altas inovações para lançar um bom álbum e que muitas vezes, o “mais do mesmo” pode ser altamente positivo. Basicamente, o que temos aqui é o Folk/Death/Black que sempre marcou a carreira dos alemães, mas com um ou outro detalhe a mais. Quem acompanha a carreira deles, sabe que sempre procuram ampliar um pouco mais seus horizontes musicais (mas sempre sem perder sua identidade) e, no caso de Eternal Defiance, esse avanço vem e forma de uma presença maior de vocais limpos e orquestrações. Por sinal, essas em momento algum tiraram o peso da música do Suidakra. Para situar o leitor, é algo na linha do que foi feito pelo Ex-Deo e Septicflesh em seus últimos lançamentos. Fundindo brutalidade com refinamento, encontram o equilíbrio perfeito para sua música. É pesado quando o momento pede, mas melódico quando se faz necessário e conseguem lidar muito bem com todos os clichês do gênero. Faixas de destaque aqui são muitas, como “Inner Sanctum”, pesada e forte e que mostra o lado Black/Death da banda, “Beneath the Red Eagle”, pomposa e forte, “March of Conquest”, que ira fazer você realmente se sentir marchando para uma batalha, “Pair Dadeni”, com uma faceta mais folk e que vai fazer você bater cabeça com as gaitas de fole e “Dragon’s Head”, com blast beats típicos do Death. E abro um parêntese mais do que obrigatória aqui para a participação de Tina Stabel, que pesar de não fazer parte da banda, esta presente nos vocais femininos desde Command to Charge (05). O que ela faz na balada acústica “The Mindsong” é digno de aplausos. Por sinal, o maior numero de vocais limpos em Eternal Defiance pode incomodar um pouco os mais radicas, mas a verdade é que desde seu primeiro trabalho fazem uso desse expediente.

Gaitas de Fole, guitarras melódicas, muito peso, ótima diversificação entre vocais agressivos, limpos e femininos e uma cozinha muito segura. Tudo isso você irá encontrar nesse novo trabalho do Suidakra. Com um álbum épico, absurdamente agradável de escutar, sem oscilações de qualidade e muita maturidade e identidade, acabaram por lançar um trabalho de muito bom gosto que não só vai ter uma posição de destaque na discografia da banda, como também na coleção de qualquer fã do estilo.

NOTA: 9,0



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